Até o início da noite de ontem, ele não havia sido capturado pela polícia.

Segundo a Polícia Civil, o vigilante, que é casado, teria fugido com uma amante, que o aguardava em um carro.

De acordo com o Deic (Departamento de Investigações sobre Crime Organizado), Santos, que dirigia o carro-forte, e outros três seguranças foram recolher dinheiro de uma empresa na avenida Rio Branco (região central de São Paulo), às 9h.

Segundo a polícia, os seguranças desceram do veículo para pegar o dinheiro e Santos ficou sozinho no carro-forte, onde já havia dinheiro recolhido de outros locais.

A polícia afirma que imagens de câmeras de segurança da região flagraram o vigilante dirigindo o carro-forte até a rua Vitória, também no centro, pegando malotes de dinheiro e entrando em um Gol cinza, onde havia uma pessoa à sua espera.

A empresa Blue Angels conseguiu localizar o veículo pelo rastreador.

Segundo o delegado Celso Marchiori, da Delegacia de Repressão a Roubos a Bancos, do Deic, no malote furtado havia R$ 395 mil, além de dólares, euros e pesos chilenos e argentinos, totalizando R$ 420 mil.

À tarde, o chefe de Santos foi ouvido pelos policiais do Deic e contou que o vigilante trabalhava havia quatro anos na empresa e era considerado um funcionário exemplar.

SEQUESTRO

A Polícia Civil diz que inicialmente suspeitava que Santos havia sido sequestrado com o carro-forte.

Mas depois de ouvir o depoimento de outras testemunhas e de analisar as imagens das câmeras de segurança, investigadores concluíram que o vigilante havia furtado o malote.

A reportagem não conseguiu localizar o advogado do vigilante.