A ação permitiu que os bandidos entrassem no banco, fizessem seguranças e funcionários reféns por quase duas horas sem levantar suspeitas entre vizinhos e policiais. Segundo o banco, também haveria clientes entre as vítimas, fato não confirmado pela polícia. Ninguém ficou ferido.

Por volta das 8h, a subgerente do banco chegou e entrou com um dos vigilantes na agência para realizar os procedimentos de rotina. Cerca de 30 minutos depois, o vigia foi até a porta para chamar o colega que guardava a agência pelo lado de fora. Nesse momento, o homem foi rendido pelo trio. Na sequência, os funcionários que chegavam eram, um a um, amarrados e fechados em uma sala, de acordo com a Brigada Militar. Entre eles, estava um terceiro vigilante.

Conforme o delegado Juliano Ferreira, titular da Delegacia de Roubos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), sete pessoas ficaram na mira dos bandidos. Para o delegado, a ação surpreendeu.

– Ficaram muito tempo dentro da agência em uma região bastante movimentada de Porto Alegre – disse.

Segundo relato dos funcionários à polícia, os assaltantes ficaram na agência até que o cofre se abrisse automaticamente, às10h. Assim que recolheram o dinheiro, fugiram. A Brigada Militar só recebeu o primeiro aviso sobre o assalto às 10h18min, por um telefonema de um dos vigias, que conseguiu se desvencilhar das amarras. Embora a agência não tenha sido aberta no horário de costume, às 10h, o fato não foi percebido por ninguém. Viaturas da BM faziam a ronda habitual pela rua e não desconfiaram da ação.

Assaltantes teriam fugido com mais de R$ 100 mil

Segundo o comandante do 9º Batalhão da Polícia Militar (BPM), major Jorge Maya, os bandidos saíram da agência com mais de R$ 100 mil – a Polícia Civil diz que não foi informada do valor. Os assaltantes levaram também o computador com as gravações das câmeras do banco, além de armas e munição dos vigias. A polícia agora busca pistas que possam levar aos assaltantes, como imagens de câmeras de segurança da vizinhança.

– A forma como agiram leva a crer que conheciam a rotina da agência. Acreditamos também que uma quarta pessoa tenha ajudado na fuga – destacou o major Maya.