O Sindicato promove no próximo dia 24, a partir das 19h30, no Teatro dos Bancários (EQS 314/315), mais uma edição do Brasília Debate, dessa vez para discutir o processo de formação do país a partir da resistência dos negros. Estudiosos do assunto e personalidades do movimento negro brasileiro participarão do evento, que tem entrada gratuita.
A exibição de um documentário produzido e editado pelo Sindicato abrirá a noite de debate. A “Caravana de Constatação da Rota dos Quilombos de MG” seguiu o caminho de comunidades quilombolas e mostra a vida dos remanescentes em cidades de Minas Gerais.
O presidente da Confederação Nacional das Associações Quilombolas (Confaq), José Antonio Ventura, dá início à conversa, dividindo a experiência da criação da entidade.
Advogado e coordenador nacional da Comissão da Verdade da Escravidão Negra e de Combate ao Trabalho Escravo no Brasil da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Humberto Adami contará sobre a atuação da Comissão.
Para falar sobre os estereótipos racistas, o Brasília Debate traz o doutorando na linha de pesquisa de Etnicidade, Raça e Povo Indígenas nas Américas pela Universidade de Brasília (UnB), Antonio Gomes da Costa Neto.
A contribuição da pesquisadora e doutoranda em Política Social da UnB Marjorie Nogueira Chaves traz a questão racial e o mundo do trabalho na contemporaneidade para discussão.
O secretário de Combate à Discriminação do Sindicato, Jeferson Meira, apresenta o projeto da entidade para Inclusão de Jovens Negros e Indígenas no Mercado de Trabalho Bancário. “O Sindicato de Brasília, além das batalhas comuns à categoria bancária e aos trabalhadores em geral, promove e participa, como sindicato cidadão, das diversas lutas da sociedade, entre elas as das questões raciais. Para refletirmos sobre o mês da Consciência Negra, faremos esse importante e oportuno debate”, destacou o diretor.
A última exposição é da coordenadora nacional do Centro Nacional de Africanidade e Resistência Afro-Brasileiro, Makota Celinha. A mãe de santo falará sobre os constantes ataques aos terreiros de matrizes africanas e o extermínio da juventude negra, tendo em vista que, de 30 mil jovens assassinados por ano no Brasil, quase 80% das vítimas são negras.
O encerramento desta edição do Brasília Debate será ao som de Rap, com a apresentação dos grupos brasilienses PR15, Sobreviventes de Rua e Dom Secreto & TriMáfia.
Fonte: Seeb Brasília