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Centrais pedem tempo para reforma trabalhista, mas Maia quer urgência

Sindicalistas defendem diálogo “amplo e democrático”, enquanto presidente da Câmara responsabiliza a CLT pelo desemprego

Rodrigo Maia, durante evento em São Paulo, usou argumento superado de que “formalismos” atrapalham emprego (Facebook)

São Paulo – As seis centrais sindicais reconhecidas formalmente encaminharam mensagem ao presidente Michel Temer pedindo que o Projeto de Lei (PL) 6.787, de reforma da legislação trabalhista, tramite sem pedido de urgência no Congresso. Mas hoje (16) o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) defendeu o regime de urgência, durante passagem por São Paulo, citando um velho argumento, de que o desemprego está relacionado ao formalismo da lei.

“O Brasil caminha para ter 14 milhões de desempregados e muitos dos problemas do desemprego tem a ver com uma lei trabalhista que protege muito, mas tem tirado o emprego dos brasileiros e tem colocado esses empregos em outros países”, afirmou Maia durante visita à Câmara paulista, segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo. “Precisamos de uma lei que proteja o trabalhador, mas ao mesmo tempo estimule o empresário a gerar emprego”, acrescentou, também criticando a Justiça do Trabalho.

O PL 6.787 trata de temas como o negociado sobre o legislado e representação no local de trabalho. No documento encaminhado a Temer, as centrais afirmam que, “dada a relevância do tema”, “sensível e central ao mundo do trabalho”, é necessário estabelecer um “amplo e democrático processo de negociação” envolvendo as representações dos trabalhadores, o governo e o Congresso.

Assinam o texto os presidentes Antonio Neto (CSB), Adilson Araújo (CTB), Vagner Freitas (CUT), Paulo Pereira da Silva, o Paulinho (Força Sindical), José Calixto Ramo (Nova Central) e Ricardo Patah (UGT). Na próxima sexta-feira (20), essas e outras centrais voltarão a se reunir no Dieese, em São Paulo, para discutir ações comuns relativas às reformas trabalhista e da Previdência Social, entre outros temas.

Fonte: Rede Brasil Atual




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