Os altos índices de reprovação popular ao governo golpista e os constantes protestos contra suas medidas não foram suficientes para barrar a análise dos destaques do texto da nociva reforma da Previdência. A avaliação do substitutivo, elaborado pelo deputado Arthur Maia (PPS-BA), foi feita durante Comissão Especial na noite desta terça-feira (9). Uma vez aprovada na comissão, segue para o Plenário, onde será votado em dois turnos, com espaço de pelo menos cinco sessões entre eles, sendo necessários 308 votos dos 513 deputados para sua aprovação em cada turno.
Mesmo havendo recuo do governo golpista na questão da idade mínima, graças às mobilizações dos sindicatos e movimentos sociais, analistas garantem que o ponto aprovado é o item mais prejudicial para a classe trabalhadora mais pobre. Dificilmente, os trabalhadores conseguirão se aposentar por idade e tempo de contribuição com essa norma.
No texto mantido, a proposta é de ter uma idade mínima de 65 anos para homens e 62 para mulheres, válida aos trabalhadores urbanos e servidores públicos. Já os trabalhadores rurais, terão que ter 60 anos, para homens, e 57, para mulheres. Ainda assim, a principal consequência dessa regra será o de aprofundar desigualdades sociais no Brasil e gerar ainda mais desequilíbrios.
“Caso a reforma seja aprovada, a Previdência Social passará a ser apenas um programa de renda mínima, com benefícios cada vez menores, e valores abaixo do piso salarial nacional, ocasionando um empobrecimento vertiginoso da população”, alerta Rodrigo Britto, presidente da CUT Brasília.
Fonte: CUT Brasília