Prossegue nas Regionais do Dieese pelo País a 14ª Jornada Nacional de Debates, que tem como tema a reforma trabalhista. Nesta quinta (3), a atividade acontece em Curitiba e Recife; na sexta (4), em Salvador; e dia 9 (quarta), em Belo Horizonte.
A jornada foi lançada em São Paulo no dia 27 com a presença de todas as Centrais Sindicais. Os debates giram em torno dos efeitos da reforma trabalhista nas relações de trabalho e acerca dos meios de resistir à completa precarização.
De acordo com Clemente Ganz Lúcio, coordenador-técnico do Dieese, “ainda é grande o desconhecimento no meio sindical sobre a profundidade do real impacto da reforma na vida do trabalhador e quanto à sobrevivência das próprias entidades”.
O metalúrgico de Guarulhos, Josinaldo José de Barros (Cabeça), ex-presidente do Dieese, confirmou o que pensa Clemente. “a reforma é muito mais drástica e selvagem do que se imagina. Quanto mais se conhece seu conteúdo, mais damos conta de como ela agride nossos direitos e a própria organização sindical”, afirmou o sindicalista.
Confira avaliação de Clemente que tem participado da Jornada:
Situação nova
A reforma atual é neoliberal, totalmente diferente do que foi o antigo Fórum Nacional do Trabalho, aonde se buscava um modelo sindical por consenso das entidades. Neste caso, trata-se de uma situação nova e não há conhecimento acumulado para fazer o enfrentamento.
Baixar o custo do trabalho para as empresas
Muitos ficam surpresos quando tomam conhecimento do impacto da reforma, porque não se trata só de mudar direitos. Ela muda as relações de trabalho e seu objetivo maior, é baixar o custo do trabalho para as empresas. A reforma é coerente com a agenda conservadora do governo, que tem apoio de uma parte da sociedade. Mas são reformas que comprometem o desenvolvimento e reduzem nossa soberania.
Necessidade de esclarecer reforma
A reforma criou uma forte demanda junto ao Dieese. Estamos ajustando nossa agenda de atividades para concentrar esforços no esclarecimento dos efeitos da reforma como também na busca de novas formas de organização e custeio das entidades. Estamos pensando em algumas campanhas para esclarecer as direções e também com o sentido de articular mais fortemente a resistência.
Do Portal Vermelho com Agência Sindical