A greve dos vigilantes, que entra no terceiro dia nesta quinta-feira (3), está causando filas nos caixas eletrônicos das agências bancárias de Maringá.
Em um banco da Avenida Brasil, cerca de 10 pessoas estavam na fila para utilizar os caixas eletrônicos por volta das 12h40. Havia clientes do lado de fora da agência, e alguns simplesmente desistiam de enfrentar a espera.
Há opiniões diferentes dos usuários de bancos em relação à greve. Para Luciano Beato, que tem uma distribuidora de alimentos, a categoria está certa em realizar a paralisação. “A greve atrapalha, mas acho que eles estão no direito deles. Os bancos são as instituições que mais lucram no País, e deviam pagar melhor os vigilantes”, aponta. “Se não atrapalha, a greve não tem porquê”.
Já Luciano Mora, que trabalha em escritório, acha que a paralisação atrapalhou seus planos. “Nem sabia da greve. Espero que não se estenda muito, como a greve no Ministério do Trabalho. Se está assim hoje, que é dia de pagar contas, imagina no quinto dia útil do mês?”, reclama.
Nova assembleia
De acordo com presidente do Sindicato dos Empregados de Empresas de Segurança e Vigilância de Maringá e Região (Sindev), José Maria da Silva, todas as 64 agências de Maringá estão fechadas, e cerca de 90% dos bancos nos 67 municípios da região também estão de portas fechadas. Isso se deve à lei federal 7.102, que não permite a abertura de agências bancárias sem a presença de, no mínimo, dois vigilantes.
“Continuamos aguardando a proposta do sindicato patronal. Esperamos resolver a situação de hoje para amanhã (sexta-feira, 4)”, afirma o presidente. “Vamos fazer uma assembleia de praxe às 16 horas para organizar os trabalhos para amanhã.”
Até às 13h15, a assessoria de imprensa do Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Paraná (Sindesp-PR) não havia sido encontrada pela reportagem para comentar sobre as negociações.
Fonte: O Diário de Maringá