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Bancários param agência do Bradesco em Marituba por mais segurança

A insegurança nos bancos é uma triste realidade com a qual a categoria no Pará convive diariamente. Somente neste ano já foram registradas 21 ocorrências de assaltos ou tentativas a bancos no Estado, isso sem contar os casos de “saidinha de banco”.

 

Parte dessa realidade se deve à falta de investimentos dos bancos em medidas preventivas de segurança. Por esse motivo, os bancários paralisaram na terça-feira (22) a agência do Bradesco em Marituba, na Região Metropolitana de Belém, para exigir da instituição mais responsabilidade com a segurança de seus funcionários, clientes e usuários.

 

O Bradesco é um dos bancos que mais desrespeita a Lei Estadual 7.013/2007 que obriga as instituições bancá-rias que atuam no Pará a instalarem portas giratórias com detector de metais na entrada de suas agências como medida de segurança.

 

Prova disso é a agência de Marituba, inaugurada em novembro do ano passado sem porta giratória, sob a alega-ção de que a unidade é uma “agência de negócios”, já que possui apenas 1 caixa e 2 terminais de autoatendimento.

 

O Bradesco diz reconhecer apenas a Lei Federal 7.102/83, que obriga os bancos a somente abrir agências com dois itens obrigatórios (presença de vigilantes e alarme) e um opcional (monitoramento eletrônico ou retardamento da abertura do cofre).

 

A paralisação surtiu efeito imediato. Ainda pela manhã o setor de relacionamento sindical do Bradesco em São Paulo ligou para o Sindicato dos Bancários do Pará para agendar uma reunião em Belém para o próximo dia 31, com a finalidade de discutir e dar encaminhamentos no que diz respeito à segurança, ao assédio moral e a outros assuntos de interesse dos funcionários.

 

Não é a primeira vez que uma paralisação por mais segurança gera uma efeito desse tipo por parte dos bancos. Em setembro do ano passado, foi fechada a agência do Itaú, também em Marituba, exatamente pela ausência da porta giratória. O resultado foi que a Superintendência do Itaú no Pará se reuniu com o Sindicato e assumiu o compromisso de não inaugurar mais nenhuma agência no Estado sem cumprir o que determina a lei estadual de segurança bancária.

 

“Esperamos que a reunião que teremos com o Bradesco tenha o mesmo resultado positivo que tivemos no Itaú. Mas o fato é que o Sindicato está firme na luta em defesa de mais segurança não apenas para a nossa categoria, mas para a sociedade como um todo”, destaca o diretor jurídico do Sindicato, Sandro Mattos.Fonte: Contraf-CUT com Seeb Pará




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