Em reunião, sindicato dos vigilantes conseguiu prolongar aviso prévio. E amanhã (30) uma nova reunião tentar rever situação
A decisão de demitir em massa os vigilantes terceirizados da empresa Eletrobrás Distribuição Alagoas se manteve firme depois de reunião realizada nesta segunda-feira (28) entre representantes da estatal e da empresa Opção Vigilantes, que oferece serviços à Eletrobrás.
De acordo com o secretário de assuntos jurídicos do sindicato dos vigilantes, José Cícero Ferreira, a decisão de demitir os 90 funcionários terceirizados, que trabalham na segurança das subestações de energia distribuídas na capital e no interior, foi mantida com a alegação de que a Eletrobrás não tem mais condições de manter a folha de pagamento desses funcionários. Ainda de acordo com Ferreira, no lugar desses trabalhadores, a estatal pretende colocar monitoramente eletrônico.
No início da polêmica, pelo menos 108 trabalhadores seriam demitidos e chegaram a receber aviso prévio, mas, em reunião realizada no último dia 23, a Eletrobrás apresentou uma contraproposta para demitir apenas 90 funcionários terceirizados, proposta essa que foi mantida na reunião de ontem. “As demissões de 90 vigilantes foi mantida. Nós apenas conseguimos prolongar o aviso [prévio], que era até o final do mês passado e agora passou para o dia 2 de janeiro [2012]”, explicou os representantes dos trabalhadores terceirizados, José Cícero Ferreira.
O sindicato dos vigilantes ainda tenta de todas as formas reverter a situação. De acordo com o secretário de assuntos Jurídicos a Procuradoria Regional do Trabalho em Alagoas, por meio da procuradora Rosimeire Lobo, já havia sido informada da situação. “Amanhã [quarta-feira, 30] estaremos novamente nos reunindo com os representantes da Eletrobrás e da Procuradoria Regional do Trabalho e vamos tentar mais impedir essas demissões.”, garantiu Ferreira.
Entenda o problema
No último mês de novembro, a Eletrobrás Distribuição Alagoas anunciou a demissão em massa dos vigilantes terceirizados que trabalham nas subestações da capital e do interior. De acordo com o Sindicato dos Vigilantes, 108 trabalhadores já havia recebido o aviso prévio e seriam desligados da empresa no dia 26 de novembro, mas, ainda de acordo com a informação, a expectativa era que pelo menos 180 vigilantes fossem demitidos.
A alegação da Eletrobrás é que a empresa precisa reduzir custos e não tem mais como manter a folha salarial dos funcionários.
No dia 21 de novembro, os trabalhadores terceirizados que seriam demitidos realizaram uma manifestação na porta da estatal pedindo um posicionamento do empresa em relação as demissões.
Na quarta-feira (23), representantes da categoria estiveram reunidos na sede da empresa com integrantes do Centro de Gerenciamento de Crises da PM, CUT, sindicato dos Urbanitários e representantes da Eletrobrás, que apresentara a proposta de demitir apenas 50% do esperado, ou seja, 90 vigilantes terceirizados.
Apesar da negociação está tramitando, de acordo com o presidente do sindicato dos Vigilantes, José Cícero da Silva, a proposta ainda não agrada a categoria que reivindica a permanência dos trabalhadores na empresa. “Nós queremos que a Eletrobrás renove o contrato com a Opção mantendo o mesmo número de vigilantes”, disse o sindicalista.
Fonte: Primeira Edição