Na região entre as ruas Pedro da Costa Agra, Mamede Moisés Raia e Sargento Edson Sales, os assaltos são uma constante na vida de comerciantes.

Porém, praticamente nenhum estabelecimento comercial possui contrato com empresas particulares de segurança.

“Assaltos em loterias e mercadinhos aqui são constantes. Todo mundo já foi assaltado pelo menos uma vez, mas muita gente tem medo de falar”, afirma um morador que preferiu não se identificar.

Impera no local a ‘lei do silêncio’ e comerciantes temem represálias. O empresário Manoel Dias é dono de quatro estabelecimentos e, segundo ele, nunca precisou contratar vigilância particular. “Ninguém coloca segurança privada aqui não, é uma área tranquila. Trabalho aqui há mais de 30 anos e nunca tive problemas”, assegurou o empresário.

Nenhuma das empresas de Campina Grande que oferecem serviços de vigilância particular comercial afirma impor dificuldades em contratos para o bairro do José Pinheiro. De acordo com os gerentes contactados, os serviços de segurança particular são prestados naquela região sem qualquer problema, mesmo nas áreas mais violentas de Campina.

“A gente fecha contrato sem problema nenhum. Temos contrato inclusive com duas lotéricas naquela área. Não posso negar um trabalho por conta de alto índice de violência, já que o problema está assim em toda a cidade”, diz o supervisor de uma das empresas, Luciano Bezerra.