Agente pode ser punido com advertência ou até ser expulso da corporação. Portaria de 2010 proíbe a atividade de segurança privada para policiais. A Corregedoria da Polícia Militar informou nesta terça-feira (24) que há indícios de que o cabo Mário César Dias estava trabalhando irregularmente como segurança de um supermercado de São Sebastião quando foi baleado durante um assalto, nesta segunda (23). A equipe de inteligência da corporação visitou o estabelecimento comercial após o crime e uma sindicância foi aberta para apurar o caso. “O policial militar está em férias e está claro que ele executava serviço de transporte de valores para um supermercado de São Sebastião há sete meses, o que é proibido pelas normas internas”, afirmou o corregedor-geral da PM, Cel. Paulo Roberto Oliveira. A atividade de segurança privada para policiais é proibida por uma portaria de 2010. Os agentes da PM são liberados apenas para trabalhos ligados ao ensino ou instrução militar. O corregedor disse ainda que, após a sindicância, o policial pode ser punido com advertência, prisão disciplinar ou até mesmo expulsão dos quadros da corporação. De acordo com Oliveira, por ter se ferido fora de serviço e em uma atividade vetada pelas normas da polícia, o cabo Dias não tem direito a benefícios previdenciários no período em que estiver em recuperação. O empresário deve entender que ele deve contratar segurança privada para exercer esse serviço. A Polícia Militar trabalha para toda comunidade.” Em entrevista ao DFTV, Oliveira avaliou que o número de agentes da corporação fazendo “bico” é baixo e disse que a PM tem conseguido fiscalizar esse tipo de desvio de conduta. “O empresário deve entender que ele deve contratar segurança privada para exercer esse serviço. A Polícia Militar trabalha para toda comunidade, e nós temos cobrado dos comandantes de unidades que acompanhe seus policiais nos seus horários de folga”, disse Oliveira. Para o Ministério Público do DF, a quantidade de agentes da PM que trabalham irregularmente como seguranças é maior e falta fiscalização por parte da própria corporação. “Dependendo da escala de serviço e dependendo do policial militar, a gente verifica que o policial se dedica mais ao trabalho externo do que a sua função policial”, afirmou o promotor Paulo Gomes de Sousa ao DFTV. Cabo já foi investigado pela PM No mesmo ano, o cabo se envolveu em uma briga em São Sebastião e deu um disparo para o alto. Nesse caso, a conduta dele está sendo investigada pela Justiça comum porque ele estava fora de serviço na hora do incidente. |
Fonte: G1 |
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fev 23, 2015Sindvalores SindicatoNotícias
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