31/07 – Goiânia- A CNTV – Confederação Nacional dos Vigilantes, a FITV – Federação Interestadual dos Vigilantes e Sindicatos de Vigilantes do Distrito Federal, Goiás, Goiânia, Tocantins e Mato Grosso do Sul acompanharam a Assembleia de Credores do Grupo Coral. A Assembleia cumpre previsão legal e objetiva votar o plano de recuperação judicial apresentado pelo grupo. No plano já apresentado em juízo a empresa propõe pagar em 12 meses as verbas rescisórias dos mais dos cerca de 4000 trabalhadores que foram demitidos, sem incluir, no entanto, a multa de 40% do FGTS, Aviso Pré-vio, entre outros direitos. A Assembleia de ontem foi suspensa por falta de quórum e nova sessão já está marcada para o próximo dia 07 de agosto, ter-ça feira, que será validada com qualquer número de presentes. Para José Boaventura, Presidente da CNTV,“o processo de recuperação judicial da Coral é uma peça lesa vigilante e imoral, cabendo às entidades sindicais o acompanhamento, a defesa dos interesses dos trabalhadores e a denúncia firme contra esta prática”.

Já Artur Vasconcelos, Presidente interino da FITV,afirma que as entidades representantes dos trabalhadores estão atentas para defender os direitos dos vigilantes. “A má gestão na administra-ção da empresa levou a mesma a essa situação e os trabalhadores não podem pagar pela irresponsabilidade dos donos da Coral”, conclui Arthur.O Grupo Coral está no mercado há pouco mais de 40 anos e no final de 2011 entrou com pedido de recuperação judicial, usando como desculpa a crise financeira mundial (que mal foi sentida no Brasil, como todos sabem) e poucos anos antes, em 2008, o Grupo se vangloriava de ter faturado naquele ano R$ 145 milhões. Portanto, esse pedido de recuperação judicial soa mais como um golpe contra os direitos dos milhares de empregados que foram lesados.