A TV Goiânia exibiu vídeo mostrando vigilantes almo-çando no banheiro, alguns sentados no chão, ao lado do vaso sanitário, em agência do Banco do Brasil, na capital de Goiás. São cenas humilhantes que desrespeitam a dignidade dos trabalhadores.
O vídeo revela a denúncia de um vigilante de que em todas as agências do BB de Goiânia eles só podem usar a cozinha em horários inadequados sob pena de receberem advertências. Assim, para não passarem fome, a opção é fazer as refeições escondidos no banheiro.
Já teve casos de vigilantes que passaram mal e foram para o hospital. O diagnóstico médico, fraqueza por falta de comer. Assim é a realidade de muitos dos vigilantes ou que não querem almoçar no banheiro ou que só podem almoçar depois das 16h.
Segundo a reportagem, alguns vigilantes já denunciaram o caso para a Polícia Federal e o Ministério do Trabalho e Emprego. O vídeo foi mostrado no dia 19 de janeiro e já teve mais de 500 exibições no Youtube.
Dias depois da divulgação do vídeo, a TV Goiânia mostrou outra matéria em que um vigilante que prestava serviço no Banco do Brasil em Goiânia foi demitido por justa causa por não concordar com o horário de almoço imposto pelo banco, ou seja, depois das 16h.
Conforme o presidente da Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV), José Boaventura Santos, não se trata de caso isolado. “Não faltam denúncias em várias agências bancárias do País, o que mostra preconceito e discrimina-ção com os vigilantes”, afirma. Ele cobra medidas do BB e demais bancos para que haja igualdade de tratamento para os vigilantes e demais trabalhadores na utilização das cozinhas e espaços para alimentação nas agências.
Para o secretário de imprensa da Contraf-CUT e coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária, Ademir Wiederkehr, “são imagens que revoltam, pois é inaceitável que haja segregação de trabalhadores no BB ou em qualquer banco ou empresa. Todos merecem tratamento digno”.
“A direção do BB tem que apurar essas denúncias e, caso sejam confirmadas, os gestores das agências devem ser orientados para acabar imediatamente com essa situação vergonhosa”, aponta o dirigente sindical.
As denúncias também devem encaminhadas para os sindicatos e federações de vigilantes, bancários e à CNTV e Contraf-CUT. “Somos todos trabalhadores e pessoas humanas e essas discriminações contra vigilantes precisam ser erradicadas”, ressalta Ademir.
A CNTV agradece o apoio e solidariedade da Confrac/CUT e sindicatos de bancários. Estamos juntos na luta por mais segurança nos bancos e por melhores condi-ções de trabalho para as nossas categorias: bancários e vigilantes. Os trabalhadores merecem respeito.
Veja o vídeo nesse endereço
http://www.youtube.com/watch?v=dU–F9FlS3YY&feature=player_detailpage
Fonte: Contraf-CUT com CNTV e TVGoiânia