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» Governo se compromete a discutir alternativa ao fator previdenciário em 60 dias

Centrais têm como proposta a adoção da fórmula 85/95, pela qual é necessário juntar a soma da idade ao tempo de serviço chegando a 85 anos para mulheres e 95 para homens

 

São Paulo – O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, estabeleceu hoje (21) prazo de 60 dias para discussão do fator previdenciário. O assunto foi debatido nesta tarde, em Brasília, entre dirigentes de centrais sindicais e os ministros da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho, e Trabalho e Emprego, Manoel Dias.

A medida acaba com a resistência do governo em negociar uma alternativa à fórmula criada em 1998 pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso, sob alegação de  impacto orçamentário negativo na Previdência. O fator reduz o valor do benefício de quem se aposenta por tempo de contribuição antes de atingir 65 anos de idade, no caso dos homens, e 60 anos, no caso das mulheres.

A flexibilidade foi vista de maneira positiva pelos trabalhadores. “Abrimos oficialmente uma mesa específica de negociação entre as centrais e o governo para discutir o fator previdenciário, que junto com a redução da jornada sem redução de salários e o fim da terceirização, é a reivindicação mais importante para os trabalhadores neste momento” disse o presidente da CUT, Vagner Freitas.

As centrais sindicais já haviam apresentado uma proposta para substituição do fator, com a adoção da fórmula 85/95, pela qual seria necessária a junção de dois fatores para a aposentadoria com benefício integral: a soma da idade e do tempo de serviço deve ser igual a 85 para mulheres e 95 para homens, sendo que elas precisam ter no mínimo 30 anos de recolhimento, e eles, 35.

“Essa não é a única forma alternativa para o fim do fator previdenciário, mas não tenho dúvidas de que é a fórmula que talvez traga mais condições de se chegar a um acordo”, disse Freitas.

Segundo o presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados da Força Sindical, João Batista Inocentini, o governo demonstrou interesse em discutir as pensões e aposentadorias por invalidez. “Nós sabemos que existem distorções nas pensões e não vemos problemas em abrir discussões para esses temas também.”




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