Antes da Copa, a mídia e setores conservadores construíram a seguinte tese: a organização da Copa será um fracasso; haverá caos nos aeroportos; turistas sofrerão arrastões; o transporte público não funcionará; os black blocs quebrarão tudo; e o Brasil revelará ao mundo sua incompetência vira-lata.
A segunda parte da tese maliciosa era: mas poderemos ser salvos. E a salvação virá da genialidade de Neymar e do talento individual dos nossos supostos craques.
A vida real derrubou a tese arrogante. Ocorreu o contrário: a organização da Copa foi um sucesso efetivo e o fracasso veio de onde havia fumaça, ou seja, do gramado, onde jogamos um futebol vagabundo.
Mídia – Pressionada pelos fatos e ante a mudança de postura da imprensa internacional, a mídia nativa girou 180 graus. Passou a espancar a comissão técnica e a reportar os fatos e dados. Manchete daFolha de sábado: “Copa eleva número de turistas no País em 132%. Capa da IstoÉ Dinheiro: “Os lucros do Brasil com a Copa”, informando: foram R$ 30 bilhões em negócios; 900 mil vagas temporárias abertas; chegou a R$ 500 milhões o lucro extra das 43 mil pequenas e microempresas.