O Conselho de Sindicatos da FINTRAVE lamenta a perda dos companheiros no assalto ocorrido, nesta segunda-feira, 01/12/2014, na BR-153, entre Morrinhos e Goiatuba, a cerca de 150 quilômetros de Goiânia.
Já estamos realizando junto a Policia Federal e Exército um estudo acerca dos modelos de armamento que se faz necessário para usarmos dentro do carro-forte para que possamos combater com o mesmo poder de fogo usado hoje pelas grandes quadrilhas organizadas de assalto a carro forte. Já que hoje o nosso porte de arma nos limita a uso de armas ultrapassadas e com menor poder de reação.
Alem disso, agendaremos uma reunião com representantes patronais, para propor mudanças nas viagens de longa, média e curta distância (via terrestre), exemplo: avião e helicóptero nas viagens de alto risco; ou ainda, propor varreduras com carros descaracterizados com rádio comunicadores entre os membros da equipe. Ademais, discutiremos o sigilo das informações sobre as viagens, já que no caso especifico desse assalto à estrutura montada pela quadrilha para esse assalto, não foi elaborada em cima da hora.
Fica claro para todos nós, que esta quadrilha tinha informações privilegiadas, se não vejamos: 1- transporte de armas usadas pela quadrilha; 2- mapa do local do assalto; 3- acampamento e permanecia no local; 4- horário que o carro-forte transitaria no local; 5- rota de fuga; 6- caminhões e carros pequenos usados pela quadrilha durante o assalto; 7- valor transportado; 8- a ciência do numero de vigilantes e numero de carros-fortes existentes na missão.
Portanto, fica claro que a quadrilha levou tempo; horas; dias e semanas para montar toda essa estrutura, nos fazendo ter certeza de que esta organização criminosa tinha SIM informações privilegiadas para concluir o assalto com êxito.
Ressaltamos que os vigilantes só tem informação no dia da viagem, e o uso do celular nos carros-fortes é restrito, e por isso é fundamental investigar quem tinha essas informações antecipadas do transporte de valores dentro da empresa e do banco, pois fica claro que esse assalto foi muito bem calculado e planejado.
Lamentamos as perdas das vidas humanas, apesar de termos conhecimento de que o risco é inerente a nossa profissão, mas com algumas medidas simples, podemos diminuir consideravelmente o risco que corremos ao transportar valores em viagens terrestres, como: a) todas as viagens de curta ou media distancia feita por via aérea, com helicópteros e com a presença de no mínimo dois vigilantes, da mesma forma que já feita hoje no intermodal, e quando não for possível; que esse translado seja feito por carro forte, mas com a presença de varredura de um carro leve descaracterizado; e dependendo do valor, também com a presença de carro leve devidamente caracterizado e com vigilantes armados, e com armamento em condições e com o mesmo poder de fogo dos quadrilheiros; Propomos ainda, alteração na legislação vigente, de forma a tornar crime federal, assaltos a carro forte, bancos e caixas eletrônicos.
Aos familiares e amigos dos nossos bravos colegas de farda, nossas condolências neste momento tão difícil, que Deus console seus corações e ajude á passar por esse tempo. Sentimos-nos incapazes de encontrar palavras de consolo, mas desejamos expressar nosso profundo pesar.
Conselho dos Sindicatos FINTRAVE
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