Testemunhas disseram à polícia que Lira entrou no banco desarmado. Sentou-se em uma poltrona e aproveitou a distração de um vigia para pegar uma arma. Outro guarda que estava perto foi imobilizado e Lira mandou os clientes se deitarem no chão, no fundo da agência. Mas não ameaçou ninguém e pegou sacos plásticos com moedas que totalizaram R$ 219 dos caixas.

Uma mulher conseguiu sair por uma porta lateral da agência, durante o roubo, e avisou os policiais que estavam em um posto de combustíveis, em frente à Catedral Metropolitana. Quatro PMs entraram no banco, negociaram durante cerca de 15 minutos e conseguiram a rendição do assaltante.

Lira não ofereceu resistência, deixou a arma e o dinheiro ao chão. Ele estava com as moedas e dois revólveres calibre 38.

A tentativa de roubo mobilizou a Polícia Militar. Além dos quatro PMs, também participaram da ação da Rocam (Rondas Ostensivas Com Apoio de Motocicletas) policiais que fazem patrulhamento do Centro a pé, o canil da PM, Força Tática e do Garra (Grupo Armando de Repressão a Roubos e Assaltos), da Polícia Civil.

A PM fez um cordão de isolamento para impedir o trânsito e limitar o acesso de pessoas à agência.

Em depoimento, Lira contou que entrou na agência sem ter certeza do que iria fazer, mas viu o guarda desprevenido e decidiu pelo assalto.

Ele disse também que sua família passa por dificuldades e, por isso, precisava do dinheiro.

Lira, que vai ser acusado de roubo e cárcere privado, foi levado ao 1º Distrito Policial, onde a ocorrência foi registrada, e depois ficou preso na Cadeia anexa ao 2º DP, no bairro São Bernardo.

A Assessoria de Imprensa do banco Itaú informou que está à disposição das autoridades para prestar todas as informações que ajudem na investigação do assalto em Campinas.