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» Pai, filhos e madrasta formavam quadrilha de assalto a banco em Ubatã

Uma família de assaltantes de banco liderada pelo ex-presidiário Carlos Alberto de Souza Pauferro, 49 anos, que tentou roubar o dinheiro de uma agência bancária no município de Ubatã, na segunda-feira (28), foi apresentada à imprensa no prédio sede da Polícia Civil, pelo delegado Adailton Adan, coordenador geral do Grupo Avançado de Repressão a Crimes contra Instituições Financeiras (GARCIF) e o titular da 1ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin) – Feira de Santana, Ricardo Esteves Brito Costa. Os criminosos chegaram a fazer reféns o gerente do banco, sua esposa e os dois filhos pequenos do casal, resgatados ilesos pela polícia no vilarejo de Tremendal, em Maraú.

Carlos Alberto, que saiu do Presídio de Jequié há seis meses, mediante alvará de soltura, sua atual mulher, Gilvanete Silva Soares,47 anos, e os filhos Rodrigo, 25 anos, e Carlos Alberto Maciel Pauferro, 27, foram presos, ontem à tarde (29), no município de Jequié, por uma equipe comandada pelos delegados Adailton Adan e Magda Suely Figueiredo, coordenadora do GARCIF de Itabuna. Os três homens estavam em via pública, no bairro Jequiezinho, e Gilvanete escondida numa casa, no mesmo bairro.

No imóvel, os investigadores apreenderam duas pistolas, calibres 380 e 9mm, um revólver calibre 38, uma espingarda calibre 12, de cano curto, além de ferramentas para arrombamento de caixas eletrônicos. O ex- presidiário, a companheira e os dois filhos assaltantes foram autuados em flagrante por formação de quadrilha e crime de extorsão mediante sequestro.

Unidos no crime – Segundo a delegada Magda Suely Figueiredo, Carlos Alberto Pauferro, que já cumpriu pena por roubo a banco e por extorsão mediante sequestro, começou a namorar Gilvanete Soares, que fazia parte da Pastoral Carcerária, quando ainda estava recolhido no Presídio Regional. Em meados deste ano, eles passaram a morar juntos em Jequié, tendo o ex-presidiário retomado a atividade criminosa, em parceria com a nova companheira e os filhos Rodrigo e Carlos Alberto, frutos de um antigo relacionamento.

Ao retornar do trabalho, na noite de segunda-feira, o gerente da agência bancária foi abordado na porta de sua casa, em Ubatã pelos bandidos, que o levaram para uma fazenda no vilarejo de Tremendal, junto com a esposa e os filhos do casal, de quatro e seis anos de idade. Dois dos assaltantes mantiveram a família num barraco na fazenda. O restante do grupo deixou o bancário em Camumuzinho, distrito de Ibirapitanga, ao perceber que a polícia já tinha descoberto o sequestro. Por volta de três da madrugada de ontem, o gerente conseguiu chegar a Ubatã, tendo os bandidos, exigido que ele retirasse todo o dinheiro do banco para pagamento do resgate da mulher e das crianças.

Mas, antes que o funcionário do banco cumprisse a exigência da quadrilha, sua esposa e as crianças foram deixadas em Maraú e resgatadas pelos policiais civis. As investigações conduzidas pelo GARCIF (geral, de Itabuna e de Feira de Santana), pela 9ª Coorpin (Coordenadoria Regional de Polícia do Interior) e pela Delegacia Territorial de Jequié prosseguiram, resultando na desarticulação da família criminosa, na terça-feira.

Reconhecidos através de fotografias apresentadas às vítimas, como os assaltantes autores do sequestro, o ex-presidiário, os filhos Carlos Alberto e Rodrigo, e Gilvanete foram interrogados na Delegacia de Jequié. Eles declararam terem decidido libertar os reféns por sentirem-se intimidados pelos policiais. A operação para captura dos bandidos começou logo após vizinhos do gerente bancário informarem à polícia sobre uma movimentação estranha na residência.

A polícia apurou que o bando também é responsável pelos ataques às agências bancárias das cidades de Baixa Grande e Belmonte. Nesses dois assaltos, eles utilizaram o mesmo modus operandi, sequestrando o gerente e familiares. As investigações para a captura da quadrilha de Carlos Pauferro foram iniciadas pela 1ª Coorpin – Feira de Santana. Outras duas pessoas são suspeitas de participarem da quadrilha e estão sendo procuradas.

Criado este ano pela Polícia Civil, o Grupo Avançado de Repressão a Crimes contra Instituições Financeiras (GARCIF) tem como missão prevenir e reprimir os roubos a bancos, a partir da identificação de quadrilhas e suas áreas de atuação. Seis bases operacionais do GARCIF já funcionam nos municípios de Juazeiro, Itabuna, Vitória da Conquista, Itaberaba, Barreiras e Feira de Santana.

De acordo com o coordenador geral do GARCIF, delegado Adailton Adan, 29 quadrilhas já foram desarticuladas este ano no estado, e 123 pessoas presas. Aconteceram 29 assaltos a bancos, um deles frustrado e mais nove casos de extorsão mediante sequestro e dez tentativas deste mesmo crime.

Foram registradas este ano 116 investidas contra instituições financeiras no estado. Em 76 delas os bandidos obtiveram êxito. Em 46 destas investidas houve uso de maçarico, tendo os ladrões obtido êxito em 28. Também foram registradas 22 ocorrências com uso de explosivos, em 11 delas os criminosos alcançaram o objetivo.

Fonte: Jornal Bahia Online



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