Um assalto ao posto de atendimento do Banco do Brasil de Passo de Torres causou grande mobilização entre as polícias de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. Dois homens foram presos na tarde de sexta-feira, pouco depois do assalto, e os policiais investigam se eles fazem parte de uma quadrilha que esteja agindo na região.
De acordo com o tenente Alberto Cichella, o crime ocorreu por volta das 12h20, próximo ao encerramento do expediente do posto de atendimento, que fecha às 12h30min. Dois homens armados entraram e enquanto um deles rendeu o vigia, o outro foi até o caixa, obrigando-o a entregar o dinheiro. De acordo com o delegado André Luís Mendes da Silveira, uma terceira pessoa, um cliente, também foi rendido quando entrou no posto no meio da ação dos criminosos. O cofre estava fechado e como possui sistema que somente permite abri-lo em horários pré-determinados, foi ignorado. A dupla fugiu levando o colete e a arma do vigia, uma quantia que estava nas gavetas e que não foi informada pela direção do BB, e o automóvel do responsável pela agência. As vítimas ficaram amarradas com lacres bancários, mesmo assim o vigia conseguiu acionar a Polícia Militar. Em rondas, a PM encontrou um suspeito próximo ao Fiat Palio roubado, que já havia sido abandonado com a chave na ignição. O homem se encaminhava para um Fiat Elba, furtado por volta das 9h30, em Torres/RS, com placas argentinas. Ele estava com mil reais e foi levado a delegacia. Durante o interrogatório o suspeito contou que estava hospedado em uma casa de veraneio na mesma rua do posto bancário, cerca de três quadras distante. A polícia foi até a casa e encontrou outro homem, que estava queimando o colete à prova de balas roubado do vigia. Neste momento, haviam sido mobilizadas cerca de 15 viaturas dos dois estados. A polícia civil catarinense e gaúcha também atuou em parceria. Moradores próximos ao chalé em que estavam os bandidos contam que levaram um susto quando viram a grande quantidade de policiais na rua. Até ali, a única coisa um pouco mais estranha que tinham percebido era o cheiro de queimado quando o colete foi colocado no fogo, mas ninguém se importou acreditando tratar-se de um churrasco. Na quinta-feira havia completado dez dias que os ocupantes do imóvel estavam ali. Ao chegar eram três homens, duas mulheres e três crianças, que ocupavam dois veículos, um Audi vermelho e um Astra ou Vectra prata. O Audi chamou a atenção pelas placas de Fortaleza, mas à vizinhança o grupo disse ser de Farroupilha/RS. Os homens disseram também que passariam 15 dias na praia e em princípio teriam ido para Torres, de onde saíram porque o valor do aluguel, R$ 450,00 a diária, era caro se comparado a Passo, onde estariam pagando R$ 150,00. A história da típica família gaúcha em férias nas praias catarinenses acabou com a chegada da polícia. Foram presos Moisés da Silva, 38 anos, que disse ser natural de São Miguel do Oeste/SC, e Maicon Specht, 29, de Farroupilha. Os dois eram foragidos do presídio de Caxias do Sul e foram enquadrados por roubo. Eles também confessaram ter furtado o Elba argentino pela manhã. Quanto ao Audi com placas de Fortaleza, foi encontrado na garagem de uma residência na praia de Rosa do Mar. Com a frente batida, foi apreendido e a polícia desconfia que tenha sido usado em algum outro assalto. Por enquanto, não está descartada a possibilidade de que outras pessoas estejam agindo com Moisés e Maicon em uma rede criminosa que agia ou se preparava para agir na região. O proprietário do Audi e os moradores da casa em Rosa do Mar não foram encontrados. Outras pessoas foram detidas para averiguação, mas liberadas no final da tarde de sexta-feira. O posto de atendimento do Banco do Brasil de Passo de Torres não possui porta giratória e já havia sido assaltado no ano passado. |
Fonte: Jornal Correio do Sul |
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mar 19, 2015Sindvalores SindicatoA Criminalidade pelo Brasil
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