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» BR-104 tem segurança reforçada após onda de assaltos a sulanqueiros

Um esquema especial de segurança foi montado na BR-104 para evitar assaltos aos sulanqueiros. Como mostrou a reportagem do NETV 2° Edição, a rodovia, uma das mais importantes do Brasil, liga a Paraíba a Alagoas, cortando o Agreste de Pernambuco, onde fica o segundo maior polo de confecções do país.

Esta semana, as polícias Militar e Rodoviária Federal se juntaram em uma operação para tentar acabar com os assaltos. Bloqueios são feitos nos trechos mais perigosos da rodovia. “Você vem um pouco tenso e ao ver a polícia já melhora”, comentou o motorista Ailton Brito. Segundo o comandante do 4º BPM, o tenente-coronel Gilmar de Araújo, o patrulhamento será intensificado. “Vamos intensificar mais ainda nos próximos dias, nas próximas semanas. Esse trabalho não vai parar”, disse.

Nas últimas semanas, comerciantes que vão às compras por essa estrada perderam a paz por causa de uma onda de assaltos. Foram sete em uma única noite. O comerciante Givaldo Nunes viajava com a família quando foi surpreendido pelos criminosos. “Atiraram no carro e capotei. Levaram dinheiro e dois celulares”, disse.

Os comerciantes culpam o fechamento do Posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) instalado em Quipapá, na Mata Sul do Estado. Segundo eles, a ausência dos policiais deixou os assaltantes à vontade para agirem, principalmente de madrugada. Mais dois postos foram fechados em rodovias de Pernambuco e, segundo a própria PRF, outros ainda deixarão de funcionar.

A Polícia Rodoviária diz que o fechamento dos postos é estratégico. “Nós estamos priorizando o trabalho de ronda. Este sim é eficiente. Aqueles policiais que ficavam nos postos fazendo papel de guarda patrimonial, já que eles não poderiam se ausentar dos postos, estão hoje dentro das viaturas fazendo o patrulhamento”, explicou o assessor da Polícia Rodoviária Federal, Eder Rommel.

O trecho considerado mais perigoso da BR-104 fica entre os municípios de Quipapá e Agrestina. Neste local, os bandidos aproveitam a estrada deserta, atiram nos carros e obrigam os motoristas a parar. Foi o que aconteceu com o motorista Júlio Alves. O ônibus dele estava lotado, quando foi alvejado por tiros e forçado a parar. Ele foi agredido e todos os passageiros assaltados. “Foram momentos de terror”, comentou.

Segurança particular
Por causa da insegurança, comerciantes de Alagoas não viajam mais sozinhos. Eles se reúnem em um posto de combustíveis e, da lá, mais de 300 carros seguem viagem com escolta armada. O grupo contrata policiais militares alagoanos, que fazem o serviço à paisana e em carros particulares. “Se a gente não pagar os policiais daqui para levar a gente, a gente tá ferrado”, falou a fretista de ônibus Maria José. A assessoria de imprensa da Polícia Militar de Alagoas disse que a Corregedoria da PM vai investigar a escolta armada feita por policiais, que foi mostrada na reportagem.

Fonte: G1 PE



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