O delegado Giovani Faranhos afirma que os suspeitos chegaram a oferecer R$ 5 mil reais para não serem presos. Por isso, além de terem sido enquadrados no crime de estelionato, respondem ainda por corrupção.

“Eles são de Salvador e chegaram em Pojuca porque disseram que a população aqui tinha dinheiro. Colocaram o aparelho e saíram para tomar café. É assim que eles agiam, instalavam, iam para casa e mais tarde voltam para sacar a importância nas contas das pessoas. Disseram que já atuaram na Liberdade, Calçada, Cabula [bairros de Salvador], e agora em Pojuca. Mas nós achamos que há muitos outros bairros. Eles são bastantes inteligentes”, afirma o delegado Giovani Paranhos, que é responsável pelo caso.

De acordo com o delegado, um dos suspeitos assumiu o crime e inocentou o companheiro. Mas, a gravação interna da agência bancária aponta a atuação de ambos na instalação do “chupa-cabra” no caixa eletrônico.

Giovani Paranhos explica ainda que o aparelho é responsável por transferir os dados do cliente do banco, que depois são usados através de cartões clonados para as operações de saque. “Eles são de boa aparência, jovens, bem vestidos. Chegam, colocam o aparelho e copiam os dados. Não usam de violência, de nada. Não andam armados. Um deles disse que aprendeu usando o computador. Ficou querendo ensinar aqui”, relata o delegado.

Segundo ele, o suspeito que admitiu o crime disse atuar na ação há cerca de seis meses. Nas casas dos suspeitos, a polícia encontrou o maquinário que copiava o cartão, notebook, computadores, além de carca de 50 cartões de crédito. Os dois suspeitos moram no bairro de São Marcos, em Salvador, e, por enquanto, ficam detidos à disposição da Justiça.