Confusão ocorreu na manhã desta quarta-feira (25), em Macapá.
Trabalhadores em greve cobram quatro meses de salários atrasados.
Uma manifestação de vigilantes na manhã desta quarta-feira (25), em frente a Procuradoria Geral do Estado (PGE), no bairro Trem, Zona Central de Macapá, terminou em confronto com a Polícia Militar (PM). A confusão teria iniciado após a apreensão de um carro de som contratado pelos manifestantes, que estava no local irregularmente, segundo a polícia.
Os trabalhadores estão em greve e cobram quatro meses de salários atrasasdos. Eles foram até a PGE pedir que a instituição feche um acordo entre as empresas e o governo do Amapá para efetuar os pagamentos.
Na confusão, quatro pessoas ficaram feridas, entre elas, um homem que estava passando na rua no momento da ação policial. Os feridos foram atendidos por uma ambulância e levados para o Hospital de Emergências de Macapá.
Um dos diretores do Sindicato dos Vigilantes do Amapá (Sinviap), Dinaci Siqueira, foi detido e levado para o Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp), informou o sindicato. Ele seria o dono do carro de som.
Enquanto a polícia ficou no local, o trânsito na Av. Antônio Coelho de Carvalho, entre as ruas General Rondon e Raimundo Souza, ficou restrito.
A categoria está em greve desde o dia 5 de maio, informou o Sinviap. O grupo de manifestantes teria ido até a PGE acompanhar uma reunião marcada com a diretoria do sindicato, empresas e estado.
“Ficou certo que a secretaria [de Estado de Saúde] faria dois repasses na semana passada e só fez um. Acampamos na Av. Fab, fizemos nossa manifestação, a secretaria se recusa a receber a direção dos trabalhadores. Hoje nós viemos aqui para conversar com o procurador de que maneira iria se resolver esse pagamento. Infelizmente chegamos aqui com a polícia já atirando nos trabalhadores. Quatro pessoas foram atingidas”, disse o presidente do Sinviap, Roberto Farias.
O Batalhão de Rádio Patrulhamento Motorizado (BRPM) informou que foi chamado pelo Batalhão Ambiental que identificou que o carro de som contratado pelo Sinviap estava sem licença para permanecer parado em via pública, e estava com volume do som acima do permitido, de até 70 decibéis. O motorista do veículo teria sido informado que seria autuado e o carro, apreendido.
“Na realidade eles inflamaram que a população viesse para cima dos policiais. O batalhão solicitou apoio. Vendo que a situação estava grave, e para contornar a situação, não restou outra alternativa aos policiais a não ser usar os tiros de borracha. A partir daí, afastaram os manifestantes e conduziram o propritário do carro de som até o Ciosp do Pacoval pelo delito”, falou o comandante do BRPM, tenente-coronel Paulo Matias.
O governo do Amapá informou que vai emitir uma nota sobre o pagamento dos vigilantes.
Fonte: G1