Entre os 18 presos, sete são policiais militares, afirma delegado.
Todos prestaram depoimento sobre o caso; quatro pessoas estão foragidas.
A Polícia Civil pediu, nesta segunda-feira (10), a prisão preventiva de 18 pessoas suspeitas de integrar uma quadrilha especializada em explodir caixas eletrônicos no Paraná. Na sexta-feira (7), policiais do Centro de Operações Especiais (Cope) tentaram cumprir 22 mandados de prisão referentes ao caso, mas quatro pessoas não foram localizadas. Entre os detidos estão sete policiais militares. Um deles, é apontado pelas investigações como o chefe da quadrilha.
O delegado Luiz Alberto Cartaxo, que comandou a operação para prender os suspeitos, disse que esse policial tinha uma participação efetiva no grupo. “Ele faz toda a orientação de toda a forma e os locais onde se deve agir. Ele infiltra informações dentro da própria Polícia Militar para desviar viaturas das ações nas proximidades dos eventos vão acontecer e, dessa forma, ele consegue agir com muita segurança, muita tranquilidade e muita rapidez”, conta. Ainda de acordo com Cartaxo, entre os cerca de 300 casos de arrombamentos de caixas eletrônicos no estado, a maioria foi cometida pelo grupo que está preso.
Nesta segunda, todos os presos prestaram depoimento à Polícia Civil. Dentre as 18 pessoas, duas preferiram permanecer em silêncio na oitiva. A Justiça ainda não se manifestou a respeito do pedido de prisão preventiva dos suspeitos.
Na sexta-feira, o secretário de Segurança Pública do Paraná, Leon Grupenmacher, prometeu que as investigações devem continuar. “Os desdobramentos disso ainda são um ponto de interrogação. A gente pode chegar a muito mais gente ou não, mas com certeza, a partir do momento dessa apreensão e da depuração das informações que a gente tem, quando se tem a prova contraditória, você deve chegar a mais pessoas”, acredita.
Fonte: G1