Ele diz que no começo não entendeu o que estava ocorrendo e que outro homem gritou para ele se abaixar. “Eu deitei no chão e fiquei ali esperando”.

Depois do tiroteio, o entregador precisou permanecer um longo tempo dentro da Galeria, até que os policiais o liberassem. “Não sei quanto tempo fiquei lá dentro. Só sei que foi muito tiro”. Ele conta que o chão do corredor ficou coberto de dinheiro.

Uma vendedora, funcionária da loja de artigos femininos que fica a menos de 10 metros do caixa-eletrônico, descreveu os momentos de terror vividos durante o assalto. Ela relata que no momento em que ouviu o primeiro tiro, correu para a porta da loja com a intenção de socorrer a dona do quiosque de tapetes que fica no corredor da galeria.

A comerciante, de mais de 60 anos, é mãe da dona da loja onde ela trabalha. Quando chegou à porta, diz, encontrou-se com a senhora, que vinha correndo em busca de abrigo.

Nesse momento, diz a vendedora, viu o assaltante atirando na direção dos seguranças do carro-forte. Também testemunhou o bandido sendo atingido no rosto por um tiro de escopeta.

“O assaltante perdia sangue pelo nariz e boca e mesmo assim tentava ficar em pé, atirando na direção dos seguranças”, relatou. “Foi uma cena horrível, a imagem daquele homem e os zumbidos dos tiros não saem de minha mente”, diz.

O entregador também presenciou esta cena. Ele afirma ter visto o assaltante atirando para todos os lados, sem nenhuma direção. “Tinha muita gente lá dentro. Foi sorte ele não ter acertado mais ninguém”.