A Copa do Mundo de Futebol vai exigir a capacitação de 60 mil pessoas para atuar na segurança dos estádios – cinco mil em cada cidade-sede. O legado deixado depois dessa e dos demais grandes eventos que ocorrerão no Brasil nos próximos anos – Copa das Confederações, Olimpíadas e Paraolimpíadas – será um acréscimo de pelo menos 20% no número de trabalhadores.
O cenário é animador para as mais de duas mil empresas de segurança de todo o país e o assunto está sendo discutido em Sergipe na 8ª Reunião de Diretoria Executiva da Federação Nacional das Empresas de Segurança e Transporte de Valores (Fenavist), que começou nesta quinta-feira, 9, e foi até esta sexta-feira, 10. Além da capacitação, os empresários do ramo debaterão a modernização da atividade e o combate à clandestinidade no setor.
De acordo com o presidente da entidade, Odeir Conceição, apenas em capacitação as empresas vão investir cerca de R$ 1.500 por profissional – cerca de R$ 9 milhões no total. “Mas será uma capacitação complementar, porque para se tornar um vigilante o profissional já precisa de uma capacitação”, explicou.
As maiores preocupações para a Copa do Mundo em 2014, segundo o presidente da Fenavist, serão com as brigas de torcida e possíveis ataques terroristas, pois o Brasil, sediando um evento de tal importância, “passa a ter um foco mundial”. “Nesse sentido estamos preparados, sem sombra de dúvidas. O tempo que temos até lá é grande. Já estamos nos preparando agora, três anos antes”, destacou Conceição.
A preparação a que ele se refere ocorreu nos dois jogos amistosos disputados pela seleção brasileira neste ano. Nas partidas, quando trabalharam 650 seguranças em cada, ele disse que não houve qualquer incidente. “Até lá estaremos aperfeiçoando tudo. No que se refere à segurança o Brasil dará show”, avisou.
A atuação das empresas particulares se dará dentro dos estádios, deixando com que a segurança oferecida pelos agentes públicos aconteça nas áreas externas dos estádios, da mesma forma que ocorreu com as Copas da África do Sul, em 2010. A cada jogo trabalharão pelo menos três mil seguranças e vigilantes particulares.
Passados todos esses eventos, a expectativa para o setor é que os profissionais continuem atuando na segurança dos estádios quando ocorrerem as partidas dos campeonatos nacionais. “Se considerarmos o número de jogos que ocorrem no país, haverá a geração de 450 empregos por partida”, prevê Odeir Conceição.
Fonte: Viaseg com Infonet