O bancário Rodrigo Britto foi reeleito a presidente da CUT Brasília
O 13º Cecut Brasília elegeu, por aclamação dos mais de 460 delegados e delegadas de base, neste sábado (30) a nova diretoria da Central, formada por chapa única. O bancário Rodrigo Britto foi reeleito a presidente da CUT Brasília, recebendo apoio ao projeto político “Todo Poder aos Sindicatos”, que estreita relações entre a Central e as bases e solidifica a luta em defesa da classe trabalhadora. A nova direção também tem, pela primeira vez, paridade de gênero e componentes de 20 dos sindicatos filiados.
O mandato do grupo irá até 2019, com o desafio de, nesses quatro anos, garantir através da luta e da unidade a conquista de direitos à classe trabalhadora e o embarreiramento de qualquer proposta que tenha como fundo o retrocesso e a implementação de ideais neoliberais anti-trabalhadores.
O presidente da CUT Brasília, Rodrigo Britto, relembrou a importância do trabalho conjunto entre CUT, sindicatos filiados e toda a militância CUTista. “A CUT não é só essa direção, mas toda a categoria. É isso que tem feito a diferença em Brasília. Aqui fazemos enfrentamento não só ao GDF, mas também ao governo federal, ao Congresso e a quem quer que queira roubar os direitos da classe trabalhadora. Brasília tem uma CUT diferenciada, pois aqui se decide todo o destino do país. E nós temos que entender este compromisso e estar à frente dessa luta. Com forças renovadas, teremos ainda mais disposição para enfrentar esse Congresso reacionário. Sem medo, pois temos companheiros e companheiras aguerridos ao nosso lado, prontos para luta. Somos fortes, somos CUT”, disse Britto.
“Enfrentaremos uma conjuntura difícil, mas tenho certeza de que esta direção saberá conduzir os trabalhos da melhor maneira possível, como foi feito nos últimos três anos. A CUT Brasília foi referência em lutas como a contra o PL 4330 e, tendo como base os princípios de solidariedade de classe, autonomia e liberdade sindical, mostrou que a Central está fiel ao seu compromisso de defender sempre a classe trabalhadora”, disse o secretário de Organização Sindical da CUT Nacional, Jacy Afonso, que fez a defesa da eleição por aclamação da chapa.
Rosilene Correa, dirigente do Sinpro-DF e eleita à direção estadual da CUT Brasília, ressaltou a importância da cota de gênero para a composição da nova diretoria. “Essa não é uma conquista de estatuto, mas uma conquista da luta das mulheres”, discursou, também como defensora da chapa que representa a unidade do movimento sindical, característica fundamental para as lutas que virão.
Plano de Lutas
Os delegados e as delegadas do 13º Cecut Brasília aprovaram por unanimidade o Plano de Lutas e ações estratégicas que nortearão os rumos da Central até 2019.
Entre os pontos aprovados, estão:
· Revogação da Lei de Responsabilidade Fiscal e o fim da política do superávit primário que prejudicam os investimentos nos serviços públicos e na valorização dos servidores;
· Criação de uma rede de comunicação entre sindicatos, federações, confederações e Central para troca de informações e experiências, contribuir na mobilização, organização e na formação da categoria, promover a construção e unificação de discursos, políticas e plano de lutas e se contrapor aos órgãos de comunicação patronais da grande mídia;
· Defesa da autonomia sindical em relação a partidos políticos, respeitando-se apoios críticos e circunstanciais aos projetos que atendam aos interesses imediatos e/ou históricos da categoria e da classe trabalhadora ou que mais se aproxime deles;
· Intensificação das lutas contra o PL 4330, MPs 664 e 665;
· Reforma política, com fim de financiamento empresarial de campanhas;
· Defesa de terras indígenas, quilombolas e pela Reforma Agrária;
· Pela democratização das comunicações e contra o oligopólio da grande mídia brasileira;
· Defesa das empresas estatais, como Petrobras, Caixa e Correios;
· Apoio à luta dos trabalhadores em Educação pela aplicação do Piso, reivindicando do governo federal que tome medidas que obriguem governadores e prefeitos a cumpri-la;
· Lutar pela valorização e fortalecimento do SUS;
· Lutar contra a PEC 229, que reduz o número de ministérios
· Lutar pela revogação do Precedente Normativo 119 do TST e pela edição do novo entendimento relativo à Taxa Assistencial para toda categoria independente de associado ao sindicato, bem como harmonizar o entendimento favorável junto ao Ministério Público do Trabalho pela instituição da Taxa Assistencial nos Acordos e Convenções Coletivas de Trabalho;
· Intensificar a luta pela jornada de trabalho de 40 horas semanais, sem redução de salários;
· Lutar pelo Plano Distrital de Educação – PDE, em defesa da valorização da escola pública e dos trabalhadores e trabalhadoras em educação;
Propostas de reforma estatutária
Os delegados e as delegadas do 13º Cecut Brasília também aprovaram três pontos que serão levados ao 12º Concut como propostas de reforma estatutária da Central. São elas:
· Encaminhamento de 40% do imposto sindical da CUT Nacional às CUTs estaduais;
· Abordagem de temas polêmicos por meio de plebiscito entre as direções das CUTs estaduais.