Durante toda a quarta-feira (18/7) a diretoria do Sindsegur participou de várias negociações com o Sindesp (Sindicato das Empresas de Segurança Privada), pela manhã no escritório de advocacia e, em seguida, das 15h às 19h, na Procuradoria Regional do Trabalho.
Em Assembleia Geral ocorrida à noite, no Sindicato dos Rodoviários, os vigilantes aprovaram a convenção apresentada pelo Sindsegur e a Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV).
A convenção assinada pelo Sindvigilantes, em fevereiro desse ano, foi anulada pela justiça do trabalho. Mas o nosso sindicato é de luta e conseguiu levar para a mesa de negocia-ção as verdadeiras reivindicações dos trabalhadores.
A convenção aprovada em assembleia, que inclui 8% de reajuste, proposta de equiparação entre vigilantes desarmados e armados, risco de vida, entre outras conquistas, foi encaminhada ao Sindesp para apreciação.
Hoje a diferença entre o vigilante armado e o desarmado é de 29,32%. A proposta é equiparar os salários até 2015, com 3% sobre o atual salário do desarmado a partir do próximo mês de agosto e dividir o restante da diferença em 4 vezes.
Os empresários, que não queriam negociar com o Sindsegur, nesta quarta, tiveram que reconhecer o nosso sindicato como representante legítimo dos vigilantes no RN. Criado para representar 27 municípios, o próprio Ministério do Trabalho afirma que o Sindsegur deverá representar a categoria no estado inteiro.
Segundo Iran Marcolino, ex-presidente do Sindicato dos Vigilantes do RN, “A gente fez uma limpeza muito grande na convenção que Ribeiro construiu nos últimos 12 anos, que era uma convenção que não tinha direito de trabalhador. Era uma convenção que defendia os interesses dos patrões. Foram retiradas mais de 20 cláusulas e recuperadas uma boa parte do que interessava à categoria. Embora não seja a convenção dos nossos sonhos, mas é o início, é um instrumento que o sindicato vai ter para realmente nos representar, de fato e de direito. Estamos reescrevendo a história dos vigilantes em nosso estado. Antes, ao invés de negociar, os patrões compravam a convenção ao senhor Ribeiro. Mudar esse há-bito não foi fácil, mas hoje a gente rompeu com esse hábito”.
Para o diretor da CNTV e presidente do Sindicato dos Vigilantes de Brasília, Jervalino Rodrigues, que representa a Confederação Nacional dos Vigilantes na mesa de negocia-ção, “Foi uma dificuldade essa negociação, mas a categoria vigilante do Rio Grande do Norte hoje pode levantar a cabeça por que tem um sindicato combativo, que fez uma boa negociação, pois 8% de reajuste está dando mais de 2% de ganho real. A categoria aceitou e avaliou que foi a moral que se criou a partir de hoje no RN”.
Ao final da assembleia geral da categoria o coordenador–geral do Sindsegur, Francisco Benedito (Bené), afirmou: “A avaliação é muito positiva, foram quebradas as barreiras, mesmo não conseguindo cem por cento, mas houve um avanço. Hoje nós temos uma convenção que defende os trabalhadores, estamos dando o primeiro passo para combater os ataques dos patrões e conquistar todo os direitos que a categoria vigilante merece. Logo em breve nós estaremos enterrando o passado traidor com a assinatura da nossa convenção pela Confederação Nacional dos Vigilantes e o Sindsegur”.
Fonte: SINDSEGUR