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Alta forte do emprego faz massa salarial subir 7,6%

Trabalho e Emprego

A forte geração de empregos com carteira assinada nos últimos anos, que culminou com a geração de 2,5 milhões de vagas no ano passado, combinada com a ampliação nos rendimentos reais levou a massa salarial real a acumular no ano passado o quinto ano consecutivo de avanço expressivo – salto de 7,6% entre 2009 e 2010. O aumento leva em conta o estoque de emprego registrado nas pesquisas do Ministério do Trabalho e o rendimento médio real por trabalhador no setor privado, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O mercado de trabalho poderia ter registrado saldo de um milhão de vagas a mais não fosse a precária qualificação da mão de obra. A estimativa, feita por técnicos do Ministério do Trabalho, foi revelada pelo ministro Carlos Lupi em entrevista ao Valor. Para Lupi, que aposta em novo recorde no Caged neste ano – saldo de três milhões de empregos – o grande desafio do país está em ampliar a qualificação dos trabalhadores.

Os gastos do governo federal, por meio de recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), com programas de qualificação foram 73% menores sob o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) na comparação com os gastos feitos durante o governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), quando, porém, o saldo de empregos formais foi 150% inferior. Segundo o ministro, os dados “levam em conta apenas os gastos do Codefat”. Ele disse que o Ministério implementa gastos mais elevados, mas o não soube informar quanto foi gasto em qualificação durante os últimos anos.

Sem considerar o adiantamento excepcional de empregos, o saldo de empregos formais em 2010 foi de 2,1 milhões, dado que considera o corte de 407,5 mil postos de trabalho em dezembro.

O ministro do Trabalho espera ter aprovado ainda neste ano, pelo Congresso, um projeto que prevê a vinculação do seguro-desemprego à frequentação de um curso de qualificação. “A frequência será fiscalizada pelo Ministério, que também zelará pela qualidade dos cursos”, diz Lupi.

Fonte: Valor Econômico




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