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» Contraf-CUT cobra mais segurança dos bancos na Grande Florianópolis

A Contraf-CUT cobra a responsabilidade dos bancos para a melhoria da segurança de agências, postos de atendimento e caixas eletrônicos na Grande Florianópolis. Para a entidade, ações especiais da polícia não podem favorecer os bancos em detrimento da sociedade, ainda mais quando se limitam a enfrentar as consequências do descaso e da irresponsabilidade dos banqueiros diante da fragilidade de suas instalações de segurança.

Conforme notícias da imprensa catarinense, a SSP (Secretaria de Segurança Pública) determinou aos comandos das Polícias Civil e Militar a criação de força-tarefa para dar proteção a bancos públicos e privados. Todas as noites, equipes da Deic (Diretoria Estadual de Investigações Criminais) da Cope (Coordenadoria de Operações Policiais Especiais) do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) e do Choque fazem rondas na região da Grande Florianópolis.

De acordo com o secretário César Augusto Grubba, o aumento significativo de ataques a bancos, onde os terminais de autoatendimento são arrombados à base de maçarico ou explodidos, obrigou a SSP fazer um policiamento diferenciado. Na opinião do secretário, o dinheiro roubado dos bancos alimenta o tráfico de drogas e de armas e sustenta o ciclo vicioso do crime.

As rondas de elite começaram a ser realizadas na última quinta-feira (6), das 22h às 6h da manhã seguinte. Os policiais checam tudo na agência, até se as portas externas estão bem fechadas, e ficam atentos à movimentação de suspeitos, dentro e fora.

Além dos vigilantes de luxo, a segurança bancária também ganhou a cobertura do vídeo monitoramento da SSP. “Algumas câmeras instaladas na rua para a segurança da população, estão direcionadas para os caixas eletrônicos”, contou um delegado, que não quis se identificar.

A força-tarefa está sendo coordenada pelo serviço de inteligência da SSP. O delegado Mauro Rodrigues, chefe do setor, mantém em sigilo a estratégia de operacionalidade da força-tarefa para não atrapalhar as investigações. Porém, resumiu que tudo é minuciosamente checado, “desde as portas até os locais onde ficam instalados os equipamentos”. O diretor da Deic, Akira Sato, não quis comentar a determinação, resumindo-se a comentar que “trata-se de ordem superior”.

Para o secretário de imprensa da Contraf-CUT e coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária, Ademir Wiederkehr, “mais do que atacar as consequências é preciso combater as causas da insegurança nos bancos, que se encontram na vulnerabilidade das agências e postos de atendimento e na colocação de caixas eletrônicos em locais inseguros e desprotegidos”, aponta o dirigente sindical. “A lógica dos bancos tem sido a redução de custos e não a eliminação de riscos e a proteção da vida de trabalhadores e clientes”, alerta.

“Os bancos jogam mais uma vez a responsabilidade pela insegurança de suas dependências nas costas da segurança pública”, critica o diretor da Contraf-CUT. “Eles possuem lucros bilionários e têm que investir mais em segurança privada”, defende lembrando que no primeiro semestre deste ano os cinco maiores bancos do país gastaram em média apenas 6% de seus lucros em despesas de segurança e vigilância.

Para o deputado Amauri Soares (PDT), 46 anos, presidente licenciado da Aprasc (Asssociação dos Praças de Santa Catarina), que representa soldados, cabos e subtenentes de Santa Catarina da Polícia Militar, a medida é polêmica. “Por um lado, é bom, pois certamente vai diminuir os roubos. Em contrapartida, vai faltar policiamento nas comunidades. O comerciante da esquina, que foi assaltado, também merece ser atendido”, observa.

“Queremos, sim, a melhoria da segurança pública e que os bancos também façam a sua parte, melhorando a segurança privada de suas instalações, a fim de prevenir assaltos, sequestros, saidinhas de banco, explosões de caixas eletrônicos e outras ações criminosas que tem deixado um rastro de mortes, feridos e pessoas traumatizadas”, conclui Ademir.

Fonte: Contraf-CUT com ND Online

Fonte: Contraf/CUT



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