Criminosos pediram dinheiro da agência para não matar mulher grávida.
Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO) investiga o caso.
O gerente de uma agência bancária de Belém foi vítima do crime “sapatinho” na manhã de segunda-feira (30). A Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO) investiga o caso. A família do gerente deve ser ouvida pela polícia na manhã desta terça-feira (31).
Era por volta das 5h quando os criminosos invadiram a casa do gerente de uma agência bancária localizada no interior do prédio da Secretaria de Educação de Estado (Seduc), na avenida Augusto Montenegro. Cinco homens levaram a mulher dele, que está grávida, a sogra e o cunhado da vítima e ameaçaram matá-los caso o gerente não entregasse o dinheiro do posto bancário.
“Cinco indivíduos invadiram a sua residência, tomaram a sua pessoa e sua família de refém e a partir de então passaram a extorqui-lo no sentido que ele fosse juntamente com os delinquentes até a agência bancária e fizesse o saque no valor pretendido pela quadrilha”, explica o delegado Nelson Pimentel.
Ainda segundo a polícia, dois veículos foram usados na ação: o carro do próprio gerente e outro onde foram levados os familiares. O gerente sacou o dinheiro, cerca de R$ 200 mil e entregou aos criminosos.
“Essas associações criminosas que agem através do crime do sapatinho, extorsão mediante sequestro, já fazem um prévio estudo da rotina dos gerentes e a partir desse estudo eles conseguem obter êxito nas ações deles. Tanto que todos os pontos que eles combinaram com a vítima eram pontos que não tinham a cobertura de câmeras. De certa forma, isso dificultou o trabalho da polícia, mas a gente já está trabalhando com uma linha investigativa e pretendemos dar uma resposta em breve”, afirmou ainda o delegado.
Por volta de 10h ele recebeu uma ligação da mulher dizendo que estava bem. Depois disso acionou a polícia e o banco sobre o ocorrido.
A mulher do gerente está internada em um hospital particular, onde passa por exames. A vítima também ficou em estado de choque e precisou de apoio psicológico. Somente no final da tarde que ele conseguiu prestar depoimento.
Em nota, a assessoria do Banpará informou que as chaves dos cofres não são deixadas com os gerentes da empresa e acrescentou que aumentou o orçamento com a segurança, investindo em empresas especializadas que ficam responsáveis pelas chaves e não mais os funcionários.
O banco também esclareceu que presta assistência ao funcionário e sua família em casos de assalto ou sequestro, bem como garante o acompanhamento médico e psicológico, além de liberar o funcionário vitimado da jornada de trabalho para a realização de tratamentos de saúde durante os dias necessários.
Fonte: G1