Durante investigação corporação recuperou R$ 80 mil e prendeu um casal
BRASÍLIA (25/7/13) – A Polícia Civil do DF está à procura, no Rio de Janeiro, do autor de uma nova modalidade de golpe em agência bancária que ocorreu na unidade do BRB do Hospital de Base. A ação policial resultou na prisão de um casal e na recuperação de R$ 80 mil transferidos para os suspeitos durante a extorsão.
“Tivemos o êxito nessa operação porque o banco confiou na polícia e nos acionou rapidamente. Assim, tivemos a chance de prender o casal, recuperar o dinheiro e identificar o criminoso que comandava”, explicou hoje a titular da Coordenação de Repressão aos Crimes contra o Consumidor, à Ordem Tributária e a Fraudes (CORF), Cláudia Alcântara.
O crime ocorreu por volta das 15h de ontem, quando uma funcionária do banco recebeu uma ligação informando que ela estaria sob a mira de armas de fogo e que o banco seria explodido caso não fosse depositado a quantia de R$ 80 mil em uma conta indicada pelo criminoso.
A atendente realizou a transferência do valor e obteve a recomendação de que rasgasse o comprovante de depósito, para dificultar a identificação.
A polícia foi informada do ocorrido e monitorou o dinheiro. Durante as investigações, o casal realizou um saque de R$ 60 mil na agência do BRB da 507 Norte e o depositou em outro banco, na conta do autor do crime, que é morador do Rio de Janeiro.
Ao voltar para sacar o restante do valor -R$20 mil- depositado pela atendente, o casal foi preso em flagrante e levado à delegacia.
Em depoimento, a mulher revelou que deixou o número do celular divulgado na internet e que um homem entrou em contato perguntando se ela poderia emprestar uma conta bancária para o depósito de uma quantia alta, com a intenção de sonegar impostos.
A mulher aceitou participar da ação, chegou a abrir uma conta no BRB, mas não pôde realizar o depósito porque a conta é recente.
Devido a isso, ela convenceu o namorado a emprestar a conta pessoal em que foi depositado o dinheiro pela vítima.
De acordo com a titular da Corf, várias agências do banco receberam a ligação, mas não caíram no golpe.
Ela destacou que esta é a primeira vez que se registra este tipo de crime no DF e orientou que a população fique atenta para não cair na armadilha:
“Em situações como tal a polícia deve ser comunicada imediatamente. Nesse tipo de crime as mulheres são mais visadas, justamente por se exporem. As pessoas nunca podem colocar dados pessoais na internet, muito menos fazer depósitos quando forem exigidos”, orientou a delegada.
O casal responderá pelo crime de extorsão com penas entre quatro e 10 anos de reclusão, que podem ser reduzidas a depender do grau de participação.
O morador do RJ que está sob investigação também irá responder, assim que for capturado, pelo crime de extorsão, sem atenuantes.
A funcionária do banco não tem participação no crime, segundo investigações da Polícia Civil.
(M.D.)