“Eu coloquei na minha cabeça que seria capaz. Mudei meus hábitos alimentares e passei a fazer exercício físico todos os dias”, afirmou o vigilante.

A demissão do emprego, principal causador da depressão, acabou beneficiando a prática de esportes, pois Alves passou a ter o dia livre para as atividades.

“Eu passava o dia inteiro comendo e assistindo televisão. Quando percebi que tinha que tomar uma atitude, eu passei a dedicar meu dia para o esporte”, disse.

No início do tratamento, Alves fazia caminhadas no próprio bairro e pedalava em uma bicicleta ergométrica no quintal de casa, doada por um amigo. “Eu tinha vergonha de andar na rua por medo dos que as outras pessoas iriam pensar.”

Em alguns meses, começou a perceber mudança no seu peso e, com a ajuda de familiares, conseguiu comprar uma bicicleta.

Com o novo meio de locomoção, o novo atleta passou a aumentar as distâncias e o tempo de atividade.

LIVROS

Para montar seu próprio treino, Alves buscou livros relacionados às práticas esportivas na biblioteca da cidade, dividindo seu horário disponível para a caminhada, pedalada e a natação na piscina do Parque Ecológico de Indaiatuba.

No fim do dia, Alves ainda passava um tempo nos aparelhos de musculação oferecidos no parque, considerado por ele apenas como um “relaxamento”.

Apesar de estar atualmente com 108 quilos, o atleta, como Alves passou a se considerar, pretende perder ainda cerca de 20 quilos.

“Eu quero chegar novamente aos 90 quilos que tinha quando trabalhava, mas agora quero tentar um patrocínio para viver do esporte”, afirmou o vigilante de Indaiatuba.

Alves trabalhava atualmente como vigia aos finais de semana em uma empresa da cidade.