Vigilantes da empresa Vigserv, que atende várias cidades no Espírito Santo, tiveram o plano de saúde suspenso e mesmo assim o valor tem sido descontado do salário. Os problemas começaram há cerca de quatro meses, segundo os trabalhadores, que contaram que já chegaram a passar por constrangimentos ao tentarem se consultar. A empresa alegou que está em negociação com a operadora do plano e que os funcionários serão ressarcidos. O Ministério do Trabalho do Espírito Santo informou que denúncias podem ser feitas a qualquer momento.
Um vigilante, que preferiu não se identificar, contou que já gastou mais de R$ 600 com exames e consultas desde que o plano foi suspenso. Ele ainda alegou que a empresa não comunicou sobre a suspensão e nem os motivos. “O plano cobria a mim e minha esposa e desde o nascimento do nosso filho de quatro meses tentamos incluí-lo, mas não conseguimos. Ele está sem plano até hoje e temos que pagar tudo. Além disso, no final do mês aparece o desconto, sendo que não usamos o plano”, disse.
O trabalhador também relatou que sua esposa já passou por constrangimentos ao tentar fazer um exame. “Ela passou horas em jejum para fazer um exame, pois tem problemas na glândula da tireóide. Quando chegou à unidade, falaram que o plano estava suspenso por falta de pagamento, e acabou ficando feio para ela, mas não era culpa dela”, contou.
Outro vigilante da empresa, que também não se identificou, contou que cancelou o plano nesta terça-feira (19) por não conseguir mais usá-lo. “Quando ligamos para a Vigserv, falam que vão resolver e nunca resolvem. Fui fazer uma consulta de rotina outro dia e não consegui, pois não tinha o dinheiro para pagar. Também tinha um raio-x marcado que não fiz também”, explicou.
O coordenador de Recursos Humanos, Paulo Antônio, explicou que está em negociação com a operadora de plano de saúde que atende os funcionários, pois o valor do plano sofreu um reajuste que descontaria cerca de 20% do salários dos vigilantes, o que não é viável segundo a empresa.
Fonte: G1