jan 25, 2022adminSem categoria
Supervisora do Dieese Patrícia Costa adverte que a Petrobras deveria subsidiar o gás de cozinha, item essencial para as classes de baixa renda. “Para compensar o lucro dos acionistas, o governo vem escolhendo dar um vale em vez de mexer em uma política que poderia beneficiar milhares de famílias”
São Paulo – O auxílio-gás, que começou a ser pago ontem (18) pelo governo federal, no valor de R$ 52, deve ter pouco impacto no poder de compra das famílias mais pobres. E, de acordo com o Dieese, o preço do botijão deve continuar aumentando ao longo deste ano. Na coluna da entidade no Jornal Brasil Atual, a supervisora de pesquisas do Dieese, Patrícia Costa, alerta que a medida é insuficiente para amenizar a alta de 30% do produto no ano passado e também diante da permanência da inflação em patamares elevados em 2022.
De acordo com a supervisora, o mais efetivo seria o governo interferir no controle de tarifas básicas. “A Petrobras subsidiava o gás por considerar botijão um bem essencial para as famílias. Antes, a companhia absorvia esses aumentos de forma que o consumidor passou vários anos sem ter o reajuste do preço do gás. Mas, agora, para compensar os lucros dos acionistas, o governo dá R$ 26 por mês como um vale-gás. O que não vai resolver em nada a situação, porque o gás continuará aumentando. E, provavelmente, o aumento que teremos será quase que semelhante à metade desse valor pago”, pontua, em entrevista a Glauco Faria.
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